Apartamento em Paris
- Maria Manuel Magalhães
- 20 de mar. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 6 de jul. de 2024

Já conhecia Lucy Foley através do seu livro de estreia A Última Festa e, apesar de não ser uma história original, acabei por gostar e tornar-se uma boa leitura de férias. Por isso, quando soube que ia sair o seu segundo livro por cá fique entusiasmada e curiosa em saber como seria a nova história. A capa atraiu-me de imediato. As varandas do que se presume ser um edifício de apartamentos levou a que quisesse esse livro para mim. Jess, a protagonista, é uma rapariga solitária. A necessitar de "fugir" de Inglaterra, Jess contacta o meio irmão que vive em Paris e impõe-lhe a sua estada. Mas, quando chega à morada que o irmão lhe dá, acaba por não ter ninguém que a receba. Além de não saber de Ben e deste não lhe atender o telefone, Jess depara-se com um edifício luxuoso, bastante diferente do que estava à espera. Toca à campainha, chama a porteira, mas ninguém parece estar interessado na nova intrusa. Porém, ardilosa desde que nasceu, consegue o código de entrada no prédio e acaba por entrar em casa de Ben. Pior é que o irmão continua desaparecido e na busca de respostas Jess acaba por conhecer mais aprofundadamente os seus vizinhos. Todos esquisitos e enigmáticos, parece que têm algo a esconder, o que intriga ainda mais a jovem. Será que alguém sabe o que aconteceu a Ben? Como jornalista freelancer será que Ben tem conhecimento de algo que o coloque em perigo? Narrado sob diferentes pontos de vista, Foley dá a conhecer ao leitor os vários aspectos das personagens, na sua maioria habitantes do prédio. Vamos conhecendo a porteira, a mulher rica do proprietário do prédio, o amigo de Ben, e uma vizinha um pouco esquisita e anti-social. Com capítulos curtos e intrigantes, esperava, contudo, que a história se desenvolvesse com mais ritmo. Achei, por vezes, que a narrativa encalhava em algum aspecto, o que me levava a esmorecer e deixar a leitura um pouco de lado. O desfecho é o ponto forte do livro não restando quaisquer pontas soltas, é aí que vamos perceber toda a história e o porquê das personagens se comportarem daquela forma.
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