Nosferatu…quem?
- Capitão Nautilus
- 14 de abr.
- 2 min de leitura

O Vampiro morreu. Sim, eu sei que o vampiro por natureza está morto, mas refiro-me ao facto de ele ter morrido no imaginário das massas. E não só morreu, como também já ninguém fala dele.
Andaram a matá-lo aos bocadinhos e nem sequer uma estaca de madeira no coração foi utilizada. Ao que parece, a forma mais eficaz de matar tal criatura da noite, melhor ainda do que levá-la para a luz, é retirar-lhe aos poucos a aura de vilão imortal e irascível, com o charme de quem já viveu mais de mil anos e acumulou sabedoria e poder.
Devia ter desconfiado assim que se começaram a fazer séries com “dráculas” modernos, com histórias contemporâneas Como o “Diário de um Vampiro”. Nessa altura, parecia algo inocente, mas já era o inicio do fim. No cinema, o ápex vampiresco foi atingido nos anos 90 com o grande “Drácula de Bram Stoker” com o Gary Oldman num papel soberbo, cheio de classe, apaixonado, mas sempre vilão e em “Entrevista com o Vampiro” a arrancar suspiros com um Tom Cruise clássico vilão louco e um Brad Pitt torturado a arrancar suspiros às plateias femininas.
E pronto. A partir daí foi uma chacina. A seguir, alguém se lembrou de que seria giro ter vampiros adolescentes, (saga Crepúsculo) apaixonados, com dúvidas existenciais e lamechas. O que deveria ser um vilão, passou a não querer fazer mal a uma mosca. Até os lobisomens eram fixes. Retiraram a capa ao vampiro e ele sucumbiu. Nunca mais se ouviu falar dele. Até agora...
Vem isto a propósito de ter visto recentemente o filme “Nosferatu” que foi buscar ao baú a ideia do primeiro filme de culto sobre vampiros, já que o filme de 2023 “Drácula - A última viagem de Demeter” não entregou o que prometia. Estará o morto-vivo a renascer? Esteve ele a recobrar forças, nos montes Cárpatos durante umas décadas para fazer agora um comeback em grande estilo, digno de Conde?
Resta-nos aguardar pela estreia do novo Drácula, baseado também no livro de Bram Stoker com estreia prevista para 2025.
Comments