A metamorfose do "Eu"
- Pedro Miguel Santos
- 6 de jun.
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A transformação do nosso "Eu" torna-se necessária para acomodar a mudança, como se estivéssemos presos num invólucro (velho eu ou ego) como uma crisálida e sofrêssemos metamorfose após metamorfose até à morte do "Ego"… É o julgamento dos ídolos, segundo Nietzsche: "O crepúsculo dos ídolos.”
Durante este período, dá-se a cura, deixamos para trás a toxicidade que é a carga emocional e deixamos cair por terra. Quando emergimos da velha pele, e evoluímos (metamorfose)… Continuamos no caminho até à completa desconstrução do "ego"! Isto não se trata de alienação de valores. É antes a procura por uma nova “inocência”, sensibilidade e espírito crítico!
Quantas vezes nos questionamos acerca da validade dos nossos sonhos, expectativas e mais tarde verificamos que, em virtude da mudança, já não fazem sentido… caminhamos num sentido em que o trivial deixa de importar e torna-se mesmo desconfortável… Hobbies, conversas e relações (vínculos.) Tudo é posto em causa, e estamos simplesmente a abrir caminho para o que sempre esteve latente, dentro de nós! Aquilo que o nosso espírito intuitivo não via refletido no espelho da realidade. Poderíamos percorrer várias vidas – nem que nos encontrássemos – mas quando começamos a questionar o estabelecido e vemos que dogmas, crenças e relações são vazias e até tóxicas, este é o caminho da purificação e do nosso racional (autoconhecimento). Abrimos nessa altura novos horizontes para o que há de divino dentro de nós, se reflita no mundo que nos rodeia. Passamos de meros espectadores a criadores da realidade!
(Crónica inspirada nos ensinamentos de Carl Junge)