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... ansiedade



Está muito na moda falar de distúrbios de ansiedade. Ansiedade simples, ansiedade crónica, ansiedade debilitante, ataques de pânico, crises de ansiedade. Está por todo o lado e todos a sentimos, de uma forma ou de outra.

 

Na minha opinião, um certo de grau de ansiedade é bom, estimula a vontade. Sentimos a pressão de fazer, mas conseguimos fazer, de preferência bem feito. É preciso um bocadinho de pressão, aquele nervoso miudinho, para que as coisas aconteçam e não comecemos a procrastinar.

 

A coisa começa a complicar quando há demasiadas coisas a causar-nos essa pressão para fazer. Será diferente para cada um de nós, imagino. Para mim, a coisa começa a ser difícil de gerir quando as fontes de pressão que impõem resultados de acontecimentos que, de uma forma ou de outra, estão fora do meu controlo, começam a acumular, a estender-se no tempo.

Complica um pouco mais quando se tem tendência para se ser controlador, como eu – o chamado “control freak”. Quero tudo feito bem, de preferência depressa, com a maior eficiência possível. E às vezes esqueço-me de respirar. E agarro outra responsabilidade, sem ter resolvido a primeira. Quando dou por mim, estou num bolo de coisas para fazer, sem resultados à vista e a eficiência que eu queria já ficou por terra há bastante tempo.

 

Como é que se sai daqui? Abranda-se. Aceita-se a derrota. Perde-se um dia ou dois (ou mais - os que forem precisos) para respirar a quantidade de vezes que não respirámos lá atrás. No limite, se a solução não for óbvia, pede-se ajuda. A amigos, a familiares, até a profissionais, por muito que possa custar aceitar-se que se precisa de ajuda a sério. Às vezes é só isso. Pedir e aceitar ajuda.

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