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Presa em Casa

Atualizado: 6 de jul. de 2024



Depois de A rapariga no Abismo publicado no ano passado, Charlie Gallagher está de volta com mais um thriller viciante. Apesar de não ser uma obra-prima, nem sequer surpreendente ao nível dos twists que se pretendem num livro do género, Presa em Casa cumpre o seu objetivo principal: entreter o leitor. Depois de ter sido destacada para uma pequena cidadezinha do interior, Maddie Ives, que já conhecemos do anterior livro, vai integrar a equipa especializada em proteger mulheres vítimas de violência doméstica. Apesar de inicialmente desmoralizada porque sente isso como uma despromoção, Maddie entrega-se à função e desempenha-a como se a tivesse escolhido como primeira opção. E o mais surpreendente é que tem olho e intuição para detectar as vítimas. Portanto, quando toca à porta de Grace desconfia de que a jovem mulher que a atende está refém do seu marido. Assim, dá-lhe instruções precisas. Pede que Grace escreva tudo num diário e que o esconda do seu marido. Assim vai reunir provas de todas as agressões do mesmo. Isso vai tornar-se uma tarefa dura porque o companheiro de Grace é extremamente sádico. Além de a agredir brutalmente, deixa-a quase sempre presa a uma estrutura, o que faz com esta quase se veja impossibilitada de se mexer. Os relatos do dia a dia da jovem são crus e bastante explícitos, fazendo-nos criar empatia e pena por esta mulher, que não arranja forças nem aliados para se ver livre do agressor. No entanto, quando o seu pai bate à porta Grace podia ter aproveitado aquela ocasião para sair. Mais tarde percebemos porque é que não o fez. A vingança soou mais alto, mas podia ter consequências irreversíveis. Percebi o que a jovem quis fazer, mas colocar a vida em risco mais uma vez podia ter sido fatal e, sinceramente, acho que não valeria a pena. Portanto, o ponto principal da história é mesmo a violência infligida a Grace, mas Maddie parece não ter a vida facilitada no trabalho e muito menos na sua vida amorosa. Mais uma vez vai deparar-se com questões éticas que fazem com que o interesse pela série aumente a cada número. Para quem gosta da Robert Bryndza ou Leslie Wolfe, vai gostar igualmente deste autor. 

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