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Pelos olhos da minha... irritação


 



Tenho alguma tendência a irritar-me com facilidade. Sou impaciente, por isso esperar por coisas, pessoas, seja o que for, irrita-me. Às vezes é bom esperar, sabe bem, uma pessoa não tem grande escolha senão estar ali à espera, então o cérebro aproveita para divagar e, quem sabe, até ficar criativo e ter ideias interessantes. Mas, na maior parte das vezes, esperar é só irritante.

Fossem só as esperas que me irritam e esta história não tinha muita estória. Desperdício é outra grande causa de irritação. Desperdício de tempo sim, claro, mas também de energia, de dinheiro – dinheiro mal gasto é a coisa mais irritante do mundo. Planear uma tarefa, realizá-la, só para perceber, no fim, que vou ter de repetir tudo do início porque alguma coisa ficou mal planeada ou feita... Deus do Céu, não há quem aguente.

 

Ultimamente a coisa está mais crítica, a nível de irritações. Dita o ciclo biológico feminino que passamos qualquer coisa como 30-40 anos a saber gerir as irritações mensais, mas que a partir de uma determinada altura as variações hormonais que ditam o nosso estado de espírito passam a ser completamente imprevisíveis. O título desta crónica podia ser outro? Podia – ficará para outras núpcias. Mas é mesmo sobre a irritação que ultimamente me assola a troco de nada que quero desabafar. Dei por mim, um dia destes ao telefone, a respirar fundo para não desligar o telefone na cara de uma menina que estava a fazer-me uma proposta que me resolve um problema a longo prazo, mas que me traz uma série de inconveniências a curto prazo. Ainda só de pensar nisso sinto a pulsação a subir.

 

Nos dias de hoje, é difícil controlar a irritação que se me assome sem dar por ela. A minha esperança é que seja uma fase, que não dure muito, e que não seja tão intensa como eu temo que possa vir a ser.

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