... esperança

... ou da falta dela.

Por estes dias, não se fala de outra coisa senão da chegada de Trump à Casa Branca. Quem me conhece sabe o que é que eu acho acerca deste senhor. Muito me chocou que ele tenha sido eleito uma vez, quanto mais duas! Especialmente depois do que aconteceu no dia 6 de Janeiro de 2021.

Eu estava à espera que o Mundo se encolhesse de pânico, terror e absoluta desesperança depois desta segunda eleição. Mas pasmem-se! Há coisas que se estão a resolver. Talvez, precisamente, como consequência deste pânico que ele causa nas pessoas. Há cessar-fogo em Gaza. A guerra na Ucrânia pode estar à beira do fim. E daí o título desta crónica. Quase que fico com esperança que, afinal, este mandato seja bom. Que o mundo fique realmente melhor com este senhor ao leme. É a democracia americana a funcionar, ouvi por estes dias nas notícias. As pessoas escolheram. E porquê? Não sei responder a isso. De alguma forma, o discurso dele traz esperança às pessoas. Que a economia melhore, que o mundo seja mais seguro.

Mas basta ouvi-lo no seu gabinete pomposo a assinar ordens executivas. E aí, renasce a desesperança. Como, senhores, como é que acham que este presidente vai resolver as maleitas do mundo? Quer comprar territórios autónomos, mudar a Geografia, impedir pessoas que, como os próprios antepassados, procuram uma vida melhor em pastos mais verdes.

Por estes dias, por aqui, alterna-se entre a esperança que isto seja só fogo de palha, e a desesperança que a história se repita, de novo.