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Pelos olhos da minha… politiquice



A conjuntura assim o pede. É dia de falar de política.

 

A política em Portugal, em particular a alternância de partidos no poder, está a mudar. Claramente.

Há uma força que quer — e está a conseguir (eu também queria ganhar o Euromilhões, mas não consigo) chegar ao poder. O que, para mim, é óbvio, não o é para mais de 20% dos quase 70% que foram votar este dia 18.

 

A primeira pergunta que se me assalta é: este aumento de pessoas a votar, é um aumento de pessoas de direita neste país? Mas não serão de uma direita moderada, equilibrada — serão de uma extrema direita. Aquela que é contra quem é diferente, quem quer ser diferente, quem quer fazer o que o faz feliz.

Como sempre, em Portugal, há um atraso nas “modas”, passe a expressão – há anos que andávamos a resistir a esta viragem à direita, mas voilá, cá está ela.

 

Surge-me uma segunda questão: como vai reagir o povo quando este novo poder se virar contra ele e começar a censurar, a dificultar a expressão, a reprimir?

A História tem tendência a repetir-se - é uma pena que as memórias dos velhos não nos fiquem de herança. É uma pena que tenhamos de passar pelas mesmas dores vezes sem conta – e ainda assim não aprendemos a lição.


O que é que há neste discurso de ódio, de retaliação, de confinamento, de repressão que apela às pessoas? Será apenas medo? Que fome é que este cenário está a aplacar nas nossas pessoas? Que pessoas são estas que fogem da liberdade?

 

Digo há muitos anos: a educação das nossas crianças, dos nossos jovens, dos curiosos é sempre a resposta para qualquer tentativa de repressão.

Quando o regresso da moderação começar no resto do mundo, estaremos com certeza menos livres. E já sabemos – cá chegará, passados alguns anos. Até lá, é resistir.

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